"Qual é o sentido da vida?"
Por Everton Spolaor
Eis uma fascinante questão.
Costumamos acreditar que o sentido da vida é algo que deve ser procurado e buscado como quem procura por um tesouro. Ansiamos pelo dia em que finalmente diremos algo como "Uau! Aqui está o sentido da vida! Finalmente encontrei".
Costumamos acreditar que, perdida na vastidão do cosmos, oculta nas profundezas do desconhecido e inacessível ao olhar comum, eis que lá se encontra a resposta para o sentido da vida. E na ânsia de alcançarmos tal resposta, lançamos nossa imaginação na direção do desconhecido, do místico, do obscuro.
Poucos, porém, consideram uma possibilidade mais tangível. A possibilidade de cada um de nós CRIAR seu próprio sentido da vida.
Você já parou para pensar sobre isso? Já refletiu sobre isso?
Ao longo de nossas vidas, é comum termos sonhos e desejos.
E quando pensamos sobre nossos sonhos e desejos, é também comum termos a ESPERANÇA de que conseguiremos realizá-los.
Mas o que é a esperança?
Quando você está com fome, você não espera que a fome desapareça. Você não tem esperança de que a fome acabe. Você simplesmente levanta e vai em busca de algum alimento. Quando você está com sono, você não espera que o sono desapareça. Você não tem esperança de que o sono acabe. Ninguém tem esperança por algo que pode realizar. Ninguém tem esperança por algo que está ao seu alcance. Podemos, pois, afirmar que a esperança tem a incapacidade como pré-requisito. Eu não sou capaz de fazer a chuva parar, por isso tenho esperança de que a chuva passe. Eu não tenho competência para baixar o valor do dólar, por isso espero que o dólar baixe para poder viajar sem gastar tanto.
Assim, esperança é a condição de quem está à mercê da ação alheia.
Mas a nossa vida não precisa ser pautada pela esperança. Não viva de esperança. Viva de fé! Porque se a esperança é a dependência da ação alheia, a fé consiste em saber que podemos ser tudo o que queremos ser, e que o resultado depende apenas de nós mesmos, não dos outros. Não precisamos esperar que a sorte e o acaso tragam algum sentido para nossas vidas. Tal sentido pode ser criado!
E quanta nobreza há no criar! Encontrar é mérito da sorte. Criar é coisa digna dos fortes.
Que tal então criar o sentido de sua vida?
Ele está na sua natureza mais óbvia. Nas suas habilidades. Nas suas inclinações. Nos seus sonhos. Nas suas virtudes.
O que você quer para sua vida? Quem você quer ser? Aonde quer chegar? Como você quer ser lembrado depois que deixar este mundo? Você consegue responder a estas questões? Porque nelas reside não somente a resposta, mas a fonte de toda motivação, de força e de entusiasmo que produzem o verdadeiro sentido da vida.
Viva sua vida com paixão. Com um propósito. Eis todo o sentido de que você precisa.
Um abraço!
Everton Spolaor